A possibilidade de reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais entrou na pauta nacional, com debates centrados nos impactos sobre o bem-estar dos trabalhadores. A proposta, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL), foi discutida durante a apresentação do boletim macrofiscal do Ministério da Fazenda. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, enfatizou os potenciais benefícios para a saúde mental, como a redução de ansiedade e depressão, destacando que o tema está mais relacionado ao bem-estar físico e emocional do que a questões puramente econômicas.
Apesar disso, Mello alertou para a necessidade de analisar com cautela os efeitos econômicos dessa mudança. Embora ganhos de produtividade possam suavizar os impactos, eles não garantem uma transição sem consequências para empresas e trabalhadores.
Impactos econômicos dividem opiniões
A proposta de redução da jornada de trabalho também gerou preocupação entre empresários, que temem um aumento nos custos operacionais e possíveis reflexos negativos no mercado de trabalho. Guilherme Mello reconheceu que prever os impactos econômicos é uma tarefa complexa, dada a falta de evidências conclusivas na literatura acadêmica sobre o tema.
O debate avança enquanto a emenda já reuniu as assinaturas necessárias e segue para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A discussão promete ser intensa, dividindo opiniões entre a busca por maior qualidade de vida e os desafios econômicos que uma medida dessa magnitude pode trazer.
