O soldado Luan Felipe Alves Pereira, envolvido no caso que gerou grande repercussão nos últimos dias, foi preso na manhã desta quinta-feira (5) em São Paulo. Ele está detido na sede da Corregedoria da Polícia Militar, e a Justiça Militar acatou o pedido de prisão preventiva após análise do caso.
Relembre o caso
O policial foi flagrado em vídeo jogando um motociclista de uma ponte no bairro Vila Clara, na região de Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. O incidente ocorreu durante uma abordagem policial que gerou indignação pública. Luan e outros 12 policiais envolvidos já estavam afastados de suas funções operacionais por determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo Luan, sua intenção era apenas imobilizar o homem e jogá-lo ao chão, não do muro da ponte. O Tribunal de Justiça Militar listou sete argumentos para justificar a prisão preventiva do soldado, reforçando a gravidade do ato.
Histórico do policial
Este não é o primeiro episódio envolvendo Luan Pereira. Ele já foi acusado pela morte de um suspeito, alvejado com 12 tiros após uma perseguição em Diadema, São Paulo. O caso, inicialmente tratado pela Justiça Militar, foi arquivado na Justiça comum sob suspeita de homicídio doloso.
Prisão e defesa
O policial será transferido para o Presídio Militar Romão Gomes, localizado na zona norte da capital paulista. Sua defesa criticou a prisão preventiva, argumentando que ela atende a um clamor social e foi imposta de maneira desnecessária, já que o soldado teria colaborado com as investigações, possui residência fixa e estava cumprindo expediente na Corregedoria diariamente.
Em nota, o advogado de Luan afirmou que entrará com um pedido de soltura e reforçou que a prisão preventiva está sendo tratada como uma “punição antecipada”.
Declarações oficiais
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo Freitas, destacou que a corporação está apurando rigorosamente todos os episódios de violência policial recentes, reforçando que a responsabilidade é institucional, mas os erros cometidos são individuais.
O caso segue gerando debates sobre o uso da força policial e a responsabilização de agentes envolvidos em episódios de violência.