O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu neste domingo (1º) um perdão “total e incondicional” ao seu filho, Hunter Biden, que enfrentava condenações federais por compra ilegal de arma e sonegação de impostos. A decisão, anunciada semanas antes da sentença de Hunter, impede que ele seja preso.
Contexto da decisão
Hunter Biden foi acusado de mentir ao comprar uma arma em 2018, alegando falsamente que não era usuário de drogas, e de sonegar pelo menos US$ 1,4 milhão em impostos. As penas combinadas poderiam chegar a mais de 40 anos de prisão, embora sentenças mais leves fossem esperadas devido às diretrizes federais.
Inicialmente, Biden havia declarado que não usaria o poder presidencial para beneficiar sua família. Contudo, ele justificou o perdão alegando motivação política nas acusações e chamou o caso de “erro judicial”.
“Nenhuma pessoa razoável pode concluir que Hunter foi alvo de outra forma que não política”, disse Biden.
Reações e precedentes
A decisão gerou polêmica, especialmente devido à promessa anterior de Biden de não interferir no caso. A oposição republicana, liderada pelo presidente eleito Donald Trump, critica o perdão como um exemplo de nepotismo.
O uso do poder presidencial para perdoar familiares não é inédito. Bill Clinton e Donald Trump concederam perdões semelhantes a parentes envolvidos em crimes, mas apenas após o cumprimento das penas.
Declarações de Hunter Biden
Após receber o perdão, Hunter expressou gratidão e prometeu se dedicar à recuperação de pessoas que enfrentam vícios, afirmando:
“Nunca subestimarei o alívio que me foi concedido. Cometi erros em meus dias mais sombrios e assumo total responsabilidade por eles.”
Impactos políticos
O perdão ocorre em meio a tensões políticas elevadas, com Trump preparando sua posse após vencer as eleições presidenciais de 2024. A decisão de Biden pode influenciar as investigações sobre Hunter e reforçar críticas sobre o uso do poder executivo para proteger aliados e familiares.