O Exército de Israel afirmou neste sábado (30) ter realizado bombardeios contra posições do Hezbollah no sul do Líbano, alegando resposta a atividades que representavam uma “ameaça”. A ofensiva ocorre apenas três dias após o início do cessar-fogo mediado por França e Estados Unidos.
Acusações mútuas de violações
Desde a implementação do acordo, na última quarta-feira (27), ambos os lados vêm trocando acusações de violar os termos da trégua. O Exército libanês afirmou que forças israelenses realizaram diversas violações do cessar-fogo entre os dias 27 e 28. Por outro lado, Israel relatou ações suspeitas no sul do Líbano, incluindo movimentações de veículos e pessoas associadas ao Hezbollah.
Entre os incidentes relatados, Israel diz ter atingido:
- Terroristas do Hezbollah que se aproximavam de estruturas no sul do Líbano;
- Uma instalação com lança-foguetes do movimento armado.
Contexto do acordo
O cessar-fogo, firmado após mais de um ano de tensões transfronteiriças e dois meses de conflito aberto, estabelece a retirada do Exército israelense do sul do Líbano em até dois meses. Em contrapartida, o Hezbollah deve recuar para posições ao norte do rio Litani, cerca de 30 km da fronteira, e desmontar sua infraestrutura militar na região.
O cumprimento desses termos é essencial para evitar uma escalada maior, mas os eventos recentes demonstram a fragilidade do acordo. Analistas alertam que, sem uma supervisão rigorosa, o risco de retomada do conflito permanece alto.