Na madrugada de segunda-feira (18), a Rússia informou que a Ucrânia lançou seis mísseis ATACMS, armamento de longo alcance fabricado pelos Estados Unidos, contra a região de Bryansk. Dos mísseis lançados, cinco foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea russos, enquanto o sexto foi danificado, mas ainda assim causou um incêndio ao atingir uma instalação militar. Apesar do impacto, o Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque não deixou vítimas ou danos significativos. O incidente intensifica as tensões na guerra, com a Ucrânia demonstrando capacidade de atingir alvos além de suas fronteiras.
Autorização dos EUA para uso de armas de longo alcance
Pouco antes do ataque em Bryansk, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou oficialmente a Ucrânia a usar armamentos de longo alcance, como os mísseis ATACMS, dentro do território russo. A decisão, confirmada por autoridades americanas, representa uma mudança estratégica no apoio dos EUA à Ucrânia. Esses mísseis, capazes de alcançar distâncias superiores a 300 km, foram vistos como uma oportunidade para destravar a contra-ofensiva ucraniana, que está estagnada há meses no sul da Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou a importância da decisão ao afirmar que “os mísseis falarão por si”. A autorização americana eleva ainda mais as tensões no conflito, com Moscou acusando o Ocidente de participação direta na guerra. O uso desses armamentos pode significar uma nova fase no embate, com riscos de uma escalada ainda maior entre Rússia, Ucrânia e aliados ocidentais.